domingo, 8 de março de 2015

Dia da mulher é dia de agregar visões do universo feminino

Dia de todo mundo levantar bandeirinha e tecer mil elogios à essência feminina... elogios esses que serão inevitavelmente esquecidos quando chegar a meia noite, mas isso é normal... Afinal, no mais das vezes, nossas qualidades e aptidões tem mesmo um pique de Cinderela, desaparecem no fim da noite e nos obrigam a retomar a peleia do início para que reencontremos nosso lugar normal na normalidade das coisas...
Normalmente (não desaprendi a escrever e me tornei um ser redundante... calma! O uso excessivo do termo NORMAL e suas variações tem um motivo...) eu teria escrito uma poesia emblemática, normalmente teria inserido a poesia em uma imagem, que normalmente seria lírica, e homenagearia as mulheres em um derramamento de essência que seria normalmente ignorado e esquecido como mais um dos esforços normais pra manter o lugar normal em um mundo pretensamente normal...
Mas, como eu já disse que sou A-Normal, vou usar o momento que é propício para fazer uma elegia à anormalidade feminina, inserindo uma das minhas anormais favoritas no cast da casa, fazendo de Lara Costa a primeira colaboradora regular do A-Normal, que hoje toma o formato de um veículo mais perto do normal pra trazer à pauta a discussão dos assuntos da anormalidade.
Jovem (e linda, eu confesso!) moradora do DF, Lara é uma das minhas mais queridas demonstrações da anormalidade que nos faz únicos e especiais... Camaleônica e sensível, doce e intensa, menina madura ou mulher pueril... escolha a face dessa moça que mais lhe agrada, eu , particularmente, adoto todas elas como minha parceira de projeto e de estrada nas sendas da anormalidade...
E pra não dizerem por aí que escolhi exaltar uma mulher apenas, segue o documentário sobre a localidade de Noivas do Cordeiro em MG. Um exemplo do que a determinação feminina é capaz de construir e agregar à vida.

https://www.youtube.com/watch?v=cVmj1hORxso

sábado, 7 de março de 2015

Cenário político brasileiro: Falha da matrix ou Alzheimer coletivo?


Faz um bom tempo que não existo aqui...
Mas, se quase não falo, estejam certos de que muito observo...
Muito se fala sobre as possíveis soluções para o Brasil...
Vejo gente que acha que a solução é o Aécio (corrupto, marginal e drogadito), outros acham que a solução é voltar ao que vivíamos antes da abertura e da democracia...
Eu, particularmente, acho que o problema é uma epidemia...
Na verdade duas.... uma decorrente da outra...
A primeira é uma epidemia de boataria que arrasta uma onda de lixo pelas redes sociais, mobilizando massas e mais massas de crédulos e permissivos cidadãos que, impulsionados pelo medo, vêem monstros em todas as partes... É a homossexualidade confundida com pedofilia e depravação, é a assistência sendo confundida com demagógica corruptela do voto de cabresto... É o racismo que veladamente se esgueira pelos cantos, tomando espaços e mais espaços travestido de "respeito com essa gente de cor'... É a política aplicada nas ruas que não é pró nada, mas se ocupa cegamente de ser contra o que democraticamente o país escolheu... É a distorção da informação para direcionar o movimento das massas... É essa pantomima em que o povo se permite conduzir em um movimento antidemocrático, canalha, que não pode ser traduzido como mais nada que não como um GOLPE!
Sim, meus caros.... um GOLPE de SUPRESSÃO da soberania da escolha do voto popular! Um GOLPE contra a liberdade conquistada com muito sangue derramado... Um GOLPE contra a nossa tranquilidade e capacidade de desenvolvimento...
Não sei o que vocês lembram dos anos de chumbo. Mas eu, como criança que era, lembro de ver meu pai chegar em casa correndo depois de madrugar na porta do banco para retirar o que pudesse pra que minha mãe fosse correndo garantir o máximo possível de comida para a família pq, naqueles tempos, o mesmo produto chegava a ser remarcado duas vezes em um único dia... Pq no fim do dia, aquele montante valeria muitíssimo menos, e garantir a sobrevivência da família era uma corrida contra o tempo... Eram tempos em que se vc nascia pobre, com certeza, morreria pobre... Onde filha de empregada seria, sem escapatória, empregada também... Onde o taxista, o padeiro, o açougueiro, o comerciário, o povo de uma forma geral, podia ter certeza de que nunca veria sua vida mudar e tinha de se conformar com o aluguel e o ônibus, pq carro e casa própria eram artigo de luxo destinado às elites...
A única coisa que me deixa dúvida, neste caso é, se o que eu lembro do Brasil de antes é tão diferente do que esse povo que não enxerga os avanços lembra, quem está com Alzheimer??? Eles ou eu???